ARTIGO | Na campanha, estratégia é tudo (Padre Carlos)*

Se um artigo para ser bom tiver que repetir outro com o mesmo assunto é preferível nem ser escrito. E quem decide se um artigo é bom e inteligível é o leitor. Este artigo tem a pretensão de dialogar com o militante de esquerda da cidade de Vitória da Conquista.

Para falar da Campanha eleitoral em nosso município, temos que falar também das obras: ‘Sabedoria dos Lobos’ e ‘Arte da Guerra’. Estas deveriam ser leitura obrigatória para a oposição e todos os partidos de esquerda nestes momentos difíceis que estamos passando.

‘Arte da Guerra’ é o resultado dum longo processo de sedimentação, recolhendo e unificando um conjunto de reflexões estratégicas que assentam no princípio de que ganhar ou perder – a guerra – não acontece por acaso nem por intervenção divina: é uma questão de conhecimento, método e estratégia.

É evidente que o enunciado para a guerra tem elasticidade bastante para entender que gostaríamos de aplicar estes conhecimentos milenar na nossa campanha e não podemos esquecer, que tudo se resume a atingir ou não os objetivos perseguidos.

‘A Sabedoria dos Lobos’ apresenta o comportamento dos lobos em alcateia como o exemplo maior do trabalho em grupo e divisão de tarefas, sublinhando os princípios em que isso assenta: liderança, organização e disciplina – apoiados na lealdade, unidade, perseverança, espírito de sacrifício e convivência. Não podemos esquecer que se trata de uma campanha majoritária e que transcende ao gabinete do Deputado ou agrupamento que este pertença.

Diante disto, gostaria de lembrar que a estratégia, método e princípios têm de ser, necessariamente, definidos, acolhidos e aplicados dentro do partido e do comitê é na campanha, onde se dará as grandes batalhas sobre destinos da nossa cidade.

É certo que não iremos partir para um conflito sangrento; porém não podemos esquecer que muitas coisas estão em jogo, estamos falando do nosso projeto que foi interrompido e que as novas gerações se beneficiaram e podem continuar  beneficiando-se das conquistas sociais e do desenvolvimento regional que conseguimos empreender nos últimos vinte anos.

Desta forma, muitos dos conselhos, da ‘Arte da Guerra’ e da Sabedoria dos Lobos’ quando ponderados numa perspectiva mais atual, poderão ser bastante úteis. Sun Tzu ensina-nos a importância de nos conhecermos bem a nós mesmos, bem como aos nossos “adversários”, a importância de introduzirmos disciplina no seio da campanha, ao mesmo tempo em que tratamos os nossos “filiados” como companheiros de partido.

Outra coisa importante que não podemos deixar de chamar a atenção das nossas lideranças, é que, precisamos entender que o partido é o todo, não é apenas o meu agrupamento.

É relevante planejarmos as nossas “ações” e buscar a unificação de todas as forças progressistas dentro da campanha majoritária. Sim, sabemos que os ensinamentos destas obras, são uma questão de senso comum; no entanto há erros que cometemos na última campanha que poderiam ter sido evitados se existisse maior sabedoria da parte dos nossos dirigentes.

       

A grande lição que ficou para o PT nestes anos em que ficou afastado dos movimentos populares, foi da importância de manter a mobilização social. Nós devemos, sim, fazer esse enfrentamento com o Governo Herzem, temos a responsabilidade de manter a mobilização social e a consciência do nosso povo e informar a sociedade, tudo que o que realmente estiver acontecendo na nossa cidade.

SOBRE O AUTOR E O CONTEÚDO POSTADO
* (Padre Carlos Roberto Pereira, de Vitória da Conquista, Bahia, escreve semanalmente para esta coluna)

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