Um sombria verdade, entremeada com uma previsão igualmente tenebrosa toma de assalto os conquistenses, em especial estudantes, idosos, pessoas com deficiência e rodoviários em geral.
Vitória da Conquista, terceiro maior município da Bahia, atrás de Salvador e Feira de Santana, com mais de 1,5 milhão de pessoas (incluindo a população flutuante) caminha a passos largos para o total colapso no sistema de transporte público.
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E ele só agirá quando a cidade ficar sem ônibus. Aí será tarde demais, podendo ser irreversível aos olhos da legalidade.
Enquanto isso, Herzem coleciona dezenas de argumentos e subterfúgios para não erradicar a clandestinidade.
Praticamente metade do ano de 2019 já foi e nenhuma blitz ou combate aos clandestinos aconteceu. Seremos todos reféns dos clandestinos e não se aplica apenas aos vanzeiros, mas carros de passeio e sistemas por aplicativo.
A administração pública, segurança pública e Câmara de Vereadores só irão dar prioridade ao assunto da mobilidade urbana quando cidade ficar sem ônibus e centenas de rodoviários sem emprego.
Caso não assuma de fato o seu papel de legislar e cuidar do bem público, a Câmara dos vereadores só agirá quando seus eleitores, sem ônibus, pressionarem nas ruas e nas mídias sociais.
O prefeito só tratará do assunto com a devida seriedade e urgência quando a população ficar totalmente sem transporte público.
A Câmara de Dirigentes Lojistas de Vitória da Conquista (CDL) e empresários de outras atividades só entenderão que a clandestinidade também é problema deles quando seus funcionários não chegarem ao trabalho.
Se os braços permanecerem cruzados, em atitude passiva, os lojistas só entenderão que a clandestinidade que destrói o transporte público também é problema deles quando seus clientes não aparecerem para consumir.
O caos se instala, clientes desaparecem, demissões em alta e a economia definhará. Não será por falta de aviso. Os nossos recorrentes editoriais, artigos e reportagens, ao longo de meses, alertam para a situação que, infelizmente, se avizinha.