
Por Márcio Higino* – Já não vivemos o regime monárquico. Faz bom tempo. Só para lembrar, o Brasil é o único país das Américas que teve um regime monárquico sólido, estável até certo ponto e com reconhecimento mundial, naquele período de vigência, diferentemente de outras experiências nacionais do continente americano, cujos regimes monárquicos foram inexpressivos e sem reconhecimento.
O período monárquico brasileiro durou de 1822, ano da independência, até 1889, quando foi proclamada a República dos Estados Unidos do Brasil.
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Nesse período governaram o Brasil D. Pedro I, D. Pedro II, ainda muito jovem, quando D. Pedro I precisou abdicar, quando se instituiu o regime de Regência, com os desdobramentos históricos já de conhecimento público.
Já o regime republicano no Brasil, vigente desde 15 de novembro de 1889, quando foi proclamado, teve, daquele fato histórico até os nosso dia, seis diferentes repúblicas:
1ª República: 1889-1930
Governo provisório e constitucional de Vargas: 1930-1937
Estado Novo: 1937-1945
4 ª República: 1945-1964
Ditadura Militar: 1964-1985
Nova República: 1985 até os dias atuais
Alguns leitores poderão indagar se este modesto artigo revisita certos aspectos da história do Brasil. Até certo ponto sim.
No entanto, o que pretende este texto é comentar, ainda que de forma superficial, acerca de uma série de relatos que o jornalismo investigativo tem apresentado à opinião pública brasileira, com amparo nas leis específicas e também pela Constituição Federal, por meio de diversos órgãos de imprensa, a partir de junho deste ano de 2019, quando estamos tomando conhecimento de vários episódios não republicanos que envolvem e estão vinculados a processos da conhecida Operação Lava Jato, cujas sentenças condenatórias deveriam ser anuladas, algumas, particularmente as conhecidas pela seletividade com que foram conduzidas.
Conforme se observa, percebe-se que as revelações indicam trabalhos intensos por parte da Operação Lava Jato, no sentido de criar as condições para o impedimento de uma presidente eleita democraticamente, tanto quanto retirar-se do processo eleitoral o candidato que liderava aquele processo de 2018. O do maior líder político que o Brasil já produziu.

As vestais estão desnudas. Caem em descrédito público por conta dos atos cometidos e agora revelados. Suas decisões comprometem a economia do pais, totalmente paralisada, ferindo de morte a sofrida democracia brasileira.
Como no conto de Hans Christian Andersen, o Rei está Nu.
* Márcio Higino Melo, administrador
Assessor parlamentar do Vereador Coriolano Moraes