ARTIGO ESPECIAL | Lá vem o Brasil descendo a ladeira – Vende-se uma Nação

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Por Márcio Higino* –  Caros leitores, não é de hoje que a nação brasileira, independente dos períodos históricos que experimentou, desde o descobrimento até os nossos dias – com raros e curtos períodos de  exceções – é espoliada nas suas riquezas naturais e também naquelas produzidas pelo povo brasileiro, que parecem inesgotáveis.

Do período pré-colonial até hoje, sempre foi assim, por governos sem amor pela Pátria.
Não é objeto deste comentário percorrer e analisar esses períodos históricos. Para tal, recomendamos a leitura de Formação Econômica do Brasil, de Celso Furtado, História Econômica do Brasil, de Caio Prado Júnior, etc.

Tomaremos como ponto de  partida período histórico mais contemporâneo, como por exemplo o ambiente da abertura econômica estabelecida a partir dos anos 1990, governo de Collor de Mello, sem desconsiderar o golpe militar de 1964, que instituiu uma política educacional orientada fortemente para auxiliar um capitalismo dependente dos Estados Unidos.

Esse modelo de subserviência aos americanos do norte, desde o golpe militar, passando por Collor de Mello, Fernando Henrique Cardoso, Michel Temer e agora Jair Bolsonaro, trabalham sem dó nem piedade para entregar as riquezas nacionais, enfraquecendo a nossa soberania, humilhando e empobrecendo a nação, com aplicação das denominadas políticas econômicas neoliberais e agora as ultraliberais, destruidoras e altamente prejudiciais a quaisquer economias.

O livro A Privataria Tucana, de autoria do jornalista Amaury Ribeiro Júnior, utilizou-se de um neologismo criado pelo jornalista Elio Gaspari, para explicar a combinação de privatização com pirataria.

Nas suas 140 páginas discorre sobre o entreguismo neoliberal do governo FHC, com farta documentação que demonstram indícios e evidências de irregularidades nas privatizações ocorridas naquele período.

Esse filme, que já assistimos não faz tanto tempo assim, apresenta-se agora remasterizado pela tecnologia do ultraliberalismo do  Paulo Guedes.

Na história, na prática e na integridade, entrega-se o Brasil e suas riquezas a outros interesses que não são os pátrios, sustentados por governos entreguistas e subservientes.

Observamos que uma das principais bandeiras do atual governo é o desmonte das estatais: entregar tudo para o capital privado.É a privataria ampla, geral e irrestrita, como está registrado no blog Conversa Afiada.

O atual governo está com pressa e cobra, insistentemente, do secretário de Desestatização Salim Mattar, uma privatização por semana.

Segundo levantamento do portal G1, o governo federal já realizou 29 leilões de ativos públicos neste ano – entrega de aeroportos, terminais portuários, concessões de rodovias e ferrovias e a venda de ativos no setor de óleo e gás. Até o final do ano devem ser realizados mais 22 leilões. Para 2020 são previstos mais 45 leilões.

Dentre as estatais na mira do governo federal estão os Correios, Dataprev, Casa da Moeda, CBTU, Eletrobrś, Telebrás.

Com essas privatizações em curso e as que ainda virão, se já estamos vivendo um desemprego estrutural, decorrente de mudanças ultraliberais da estrutura econômica, projeta-se com essas políticas conservadores um aumento considerável de desempregados, subempregados e afins, flagelizando a população brasileira.

* Márcio Higino Melo, administrador.

Assessor parlamentar do Vereador Coriolano Moraes


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