ARTIGO | Cosme de Farias e o PT (Padre Carlos)*

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A história de Cosme tem o tempero dos “causos” narrados pela gente do povo, mas também conta com boa dose de verdade. Mulato nascido no Subúrbio, filho de um pequeno comerciante de Salvador com apenas o antigo primário completo, tornou-se advogado provisionado (rábula) e passou a vida defendendo milhares de clientes que, sem condições financeiras, de outra forma não teriam condições de uma defesa.
Podemos dizer que Cosme de Farias somava inteligência, astúcia e humor na argumentação em favor dos pobres e da busca incessante da justiça. Alguns episódios eram hilários e se tornaram lendas no meio jurídico. “O resultado da revolta contra a injustiça que estavam cometendo contra um réu”, na primeira metade do século XX, pode exemplificar isso.

O rábula ergueu-se na plateia e se aproximou do juiz e dos jurados com uma vela na mão, tinha em seu semblante ares de quem procurava algo no chão. Intrigado e, de certa forma, irritado, o magistrado perguntou o que motivara tal gesto. Em bom som, ele respondeu: “A Justiça, meu senhor, que nesta casa anda escondida.

São com estas palavras de Cosme de Farias, que perguntamos com todo respeito ao Partido dos Trabalhadores, cuja agremiação sou membro com muito orgulho: onde se encontra a justiça desta casa, que não saiu em defesa do vereador Coriolano Morais, um dos seus mais brilhantes quadros na vereança. 

Quais as penalidades ao militante que difamou, desonrou, caluniou, desacreditou, injuriou, maculou, manchando assim a honra e a reputação deste quadro que tem prestado relevantes serviços a este partido e a esta cidade.

O parlamentar se comportou com o devido respeito a esta instância partidária e manteve uma postura ética e não expor o Partido, diante dos ataques a sua honra e dignidade e com toda paciência, esperou uma posição em relação às acusações levianas que sofreu, por parte de um militante do partido. Estas agressões foram empreendias sem prova, buscando assim, colocar em dúvidas a honra deste homem público, que diariamente se dedica ao ofício de legislar com imparcialidade e honestidade.

Por ter exposto o partido diante da opinião pública, todos e quando falo todos, me refiro à sociedade, esperava que fosse instaurada a comissão de ética que levaria à expulsão do referido militante, por conta das acusações levianas sem prova contra o vereador, um pai de família e um homem decente.

Diante de tal atitude, só nos resta o exemplo de Cosme de Farias e através da luz da verdade, buscar a verdadeira justiça.  


SOBRE O AUTOR E SEU CONTEÚDO

* (Padre Carlos Roberto Pereira, de Vitória da Conquista, Bahia, escreve semanalmente para esta coluna)

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