ARTIGO- Corrupção X Inclusão social (Padre Carlos)*

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Como operador da filosofia, não poderia deixar de chamar atenção da sociedade, para o grande problema ético que envolve toda a Nação. Os brasileiros, chegam a esta eleição muito machucados e divididos. Temos um país rachado entre duas pautas que representam parcelas da sociedade e regiões do país.

Além disso, temos uma grande parte da população que não se envolve com estas questões, mais ao mesmo tempo, termina se posicionando por omissão. Os dois lados do racha produzem e defendem ética diferente, de um lado nos temos uma enfase ética no caso da corrupção, a outra, é com relação a inclusão social.

Não podemos negar que o nível de miséria diminuiu bastante nos governos do PT, embora nos últimos tempos, tenha aumentado.


A agressividade da linguagem usada pelos defensores de cada pauta tem deixado feridas abertas e difícil de fecha-las, eis que os eixos centrais da política foram entortados: adversários passaram a ser inimigos; o combate às ideias cedeu lugar ao embate pessoal; a carga expressiva dos valores de verdade de cada grupo, saiu da régua do respeito para descambar nas ofensas e mentiras, ao ponto de usar concessões públicas, para impor o seu projeto.

Um exemplo claro do que estou falando, pode ser constatado através da reportagem da Rede Globo, quando seu analista político, Garcia responsabilizou Lula e Dilma Rousseff pela greve dos caminhoneiros, por causa dos incentivos dados para compra de caminhões. Garcia não acha que o governo Temer tenha haver com o caos estabelecido, muito menos culpou o presidente da Petrobrás, Pedro Parente, por termos chegado até aqui.

A que ponto chegamos, estamos violando todas as regras de boa convivência e de civilidade. Não será fácil reconstruir a mesa da comunhão nacional, unir os sonhos da coletividade. O mandatário vitorioso terá de comandar um país conflagrado, fracionado em duas grandes bandas, separado por gigantesco apartheid, que lhe vai exigir extraordinário esforço para recompor a união da comunidade política. Não temos uma pauta universal e isto coloca em risco o conceito de nação.

O que não podemos negar, que estas duas pautas era uma só quando o PT era oposição e não tinha chegado ainda ao poder. O partido tinha uma pureza de princípios que muitos políticos da situação e da oposição, achava que não daria conta de governar com toda aquela pureza partidária, chegando a colocar em dúvida a capacidade de conquistar uma maioria no parlamento.

Não podemos negar que a estrutura de Estado para o combate a corrupção foi implantado pelo PT. Mais não transformou a questão da inclusão social como uma questão ética. Tratou o tema como uma conquista de bem estar social, fruto de políticas públicas e não transformamos em uma questão ética para a sociedade.

Urge levantar o pressuposto de que os programas de governo em qualquer esfera temática, para ser bem recebidos pela sociedade, hão de exigir uma comunidade pacificada, harmônica, identificada com grandes causas.

Assim, quem ganhar esta eleição tem a responsabilidade de fazer com que haja uma repactuação destas duas correntes. Buscar um consenso e ser ponte entre os brasileiros. (Artigo publicado pelo Padre Carlos Roberto Pereira, de Vitória da Conquista, Bahia)


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