Qualquer semelhança, não é mera coincidência e nem sempre, quando a história se repete é uma farsa. Com o aval do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o PT decidiu oficializar no domingo (05) o nome do ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad como vice na chapa do partido na disputa à Presidência.
Com a decisão, o PT deflagrou o chamado “plano B”, admitindo, mesmo que nos bastidores, que Lula deve ser impugnado antes do primeiro turno, e então poderá ser substituído na cabeça de chapa pelo próprio Haddad.
Este fato, nos remete a Argentina do início da década de 70. Em política, a melhor professora que podemos ter, é a história. Após sete anos de uma ditadura militar que teve início no golpe de Estado de 28 junho de 1966, o regime político foi obrigado a procurar uma saída eleitoral para conter a crise diante das massas.
Foram chamadas eleições em 1973, mas Juan Domingos Perón, o mais popular líder nacionalista argentino que estava na ilegalidade, foi proibido de concorrer no pleito.Todo esforço dos militares e como diria aqui no Brasil, das forças ocultas, era o de manter Perón afastado. Se concorresse nas novas eleições, Perón facilmente ganharia, retornando ao poder.
Em seu lugar, Perón lançou como candidato um companheiro de seu partido e um quadro da esquerda, Héctor José Cámpora, com o slogan: ¨ Cámpora no governo, Péron no poder. ¨ Esta campanha, obteve uma vitória esmagadora sobre o adversário da direita, apoiado pelo regime e pela burguesia.
N.R.: Héctor José Cámpora Demaestre foi um político e odontologista argentino que presidiu o país desde 25 de Maio de 1973 até 13 de Julho do mesmo ano.
Ao ser apontado no domingo como candidato do ex-presidente, Haddad já saltou para 13%, e fica atrás apenas de Bolsonaro, que registra 20%. O terceiro lugar é dividido entre Marina e Alckmin, com 9% cada um.
A tentativa da direita, de tentar tirar Lula da disputa eleitoral, pode resultar em um desastre para a direita e a burguesia de uma forma em geral, ela esta transformando um republicano conciliador por natureza em um político de esquerda.
Não podemos negar, que o ex-presidente, Luiz Inácio Lula da Silva, será o grande personagem deste pleito. Esta Eleição vai ser para o povo brasileiro, como uma espécie de plebiscito não sobre lulimos, mas como diria a Globo: ¨Qual o Brasil que eu quero.¨