O desastroso e infeliz fim do soldado Wesley Góes foi uma ação política miliciana-fascista orquestrada para sublevar a Policial Militar da Bahia contra o governo.
Às vésperas de 31 de março o Brasil fica em silêncio em respeito aos inúmeros assassinatos de militantes de esquerda contra o regime sanguinário instaurado no Brasil via golpe civil-militar de 31 de março de 1964.
O alto comando das forças policiais na Bahia dá um aviso, aqui na Bahia milicianos e organizações paramilitares não se sustentam.
Um cenário ufanista quase perfeito. Uma farda camuflada, a cara pintada de verde-amarelo, os ânimos acirrados, armas pesadas em cunho, tiros contra colegas policiais sob o discurso bolsonarista incendiário para incitar milicianos fascistas aquartelados dentro da corporação da Policia Militar da Bahia para sustentar o golpe de Estado, caso as Forças Armada não dessem sustentação ao golpe.
Um milico bolsonarista de verve burguesa-fascista fundamentalista pode ter qualquer coisa, menos problemas mentais. Eu até entendo a situação desconfortável para a cúpula da PM da Bahia justificar o revide, diante desse quadro de insubordinação e motins contra a própria corporação militar.
Observado a sua narrativa, qualquer pessoa diria que ele foi orientado por líderes de forças paramilitares milicianas bolsonaristas para acender o pavio numa conjuntura pandêmica que se tornou um paiol prestes a explodir. Seu comportamento de homem-bomba foi a centelha que deveria acender o estopim do golpe, começando exatamente na Bahia, um reduto petista. Na Bahia, a chama ardente do Estado Democrático de Direito falou mais alto.
O soldado bolsonarista suicida, esconjurou a milícia que rasgaria a Constituição da Bahia, subestimando o aparelho de estado que demonstrou da maneira inequívoca que “com tiranos não combinam Brasileiros, brasileiros corações!”. Isso diante dos olhos mais atentos de transeuntes. O fascistoide fardado queria apenas um palco e um público!
O que aconteceu com esse gado bolsonarista é o mesmo que acontece habitualmente na calda da noite com a juventude negra da Bahia, esses mesmos policiais milicianos fascistas encrustados na PMBA exterminam a sangue frio. O revide inexorável à tentativa frustrada do motim foi combatido exemplarmente pela força policial que não deveria ser outra, senão essa.
E a classe média bizarra com sua viralatisse bolsonarista que não deveria se horrorizar com mais uma cena de assassinato só porque foi diante dos olhos da população baiana, pois policiais fascistas fazem. Aliás, isso é algo absolutamente normal na Bahia em relação ao extermínio da juventude negra e ninguém da classe média vira-lata diz absolutamente nada, a não ser reforçar que “bandido bom é bandido morto”.
Nem mesmo o corporativismo das forças policiais impediram o auto comando de disparar a artilharia pesada contra o bolsonarista, tirando-lhe a correia do próprio couro. Fica o recado aos golpistas bolsonaristas que na Bahia motim de miliciano fascista se corta na bala!
Afinal de contas, não são esses mesmos meganhas fascistas bolsonaristas milicianos, infiltrados na PM da Bahia, que exterminam diariamente jovens negros nas periferias todos os dias, que pedem a volta da ditadura? | * Herberson Sonkha foi professor de Filosofia e Sociologia de cursinhos da rede privada em Vitória da Conquista. Estudou Ciências Econômicas na Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB), mas não concluiu. Foi gestor administrativo lotado no Hospital de Base de Vitória da Conquista. Foi do Comitê Gestor da Secretaria Municipal de Educação de Anagé. Presidiu o Conselho Municipal de Educação de Anagé. Coordenou o Programa Municipal Mais Educação e a Promoção da Igualdade Racial do município de Anagé. Foi Vice-Bahia da União Brasileira de Estudante (UBES) e Coordenador de Cultura da União Municipal dos Estudantes Secundaristas de Vitória da Conquista (UMES). Militante e ex-dirigente nacional de Finanças e Relações Institucionais e Internacional dos Agentes de Pastorais Negros/Negras do Brasil. Membro dirigente do Coletivo Ética Socialista (COESO) organização radical de esquerda do Partido dos Trabalhadores. Atualmente é militante do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) é dirigentes municipal e estadual da corrente interna Fortalecer.