APAGÃO NO TRANSPORTE PÚBLICO – Por mais quanto tempo?

Há pouco completam 20 dias
que metade da cidade não tem transporte público. Frota da Viação Vitória interditada por gravíssimas falhas mecânicas que colocam em risco a vida de usuários e demais pessoas. Basta. Os e
mpresários do setor querem
garantias
.

A realidade é uma só: empresas é que não faltam por
todo o País O que talvez não se previa é que todos elas iriam fazer análises e
pedir condições mínimas para vir operar em Vitória da Conquista.
Transporte público é uma
atividade que exige elevadas somas. Somas milionárias. Não é como abrir e fechar
uma loja, tomando como exemplo.
Mais que isto. O transporte
público é caixa de ressonância,
repercute rápido, a sociedade e a economia
local sentem 
imediatamente os devastadores efeitos da ausência dos ônibus.
Que o leitor entenda.
Imaginemos uma empresa
deslocando 90 ônibus de alguma localidade do Brasil rumo a Vitória da Conquista. 
Trata-se de uma operação
hercúlea, operação de guerra, exigindo centenas de pessoas, recursos e
logística.
Para motivar as empresas  a tal façanha, elas se perguntarão:
A – VALE A PENA?
B – TEREI SEGURANÇA JURÍDICA?
C – TEREI SEGURANÇA ECONÔMICA
?
D – POR QUANTO TEMPO IREI
OPERAR?
E – QUAL É A TARIFA PRATICADA
POR LÁ?
G – COM QUEM IREI COMPETIR ?
(Clandestinos)
F – COM QUAL EMPRESA IREI DIVIDIR
O MERCADO? (Neste caso, com a Viação Cidade Verde).
Para todas estas perguntas as
respostas dependerão, basicamente, dessas
ações e variáveis:
1 – Aumento imediato de
tarifa, já que ela está congelada há 18 meses;
2 – Exclusão imediata dos clandestinos (Mai de 600 entre vans e carros de passeio);
3 – Tempo maior do contrato
emergencial para justificar a gigantesca operação.
E é aí que residem os desafios
e o calvário que o governo municipal
enfrentará, porque são variáveis que por si só o prefeito Herzem Gusmão não pode garantir. Depende de legislação, opinião pública e da embaraçosa política.
Enquanto isso, a empresa que
decidir vir terá que pavimentar terreno antes da sua chegada a Vitória da
Conquista: contratar mais de 500
funcionários, treiná-los de modo que estejam aptos a servir a população.
Especialistas em Direito garantem que os
empresários do setor, por experiência, evitarão absorver os servidores da
Viação Vitória e, de igual modo, as instalações ou a garagem para evitar um
efeito jurídico denominado de SUCESSÃO EMPRESARIAL, 

Tipo, os feitos das
heranças malditas das dívidas milionárias da Viação Vitória, o que contaminaria a
nova empresa. Foi tornado público que a Viação Cidade Verde deu esta prova de cautela e experiência. Mesmo chegando com novo Contrato de Concessão, a empresa Cidade Verde preferiu
construir uma nova garagem. 

Segundo se
sabe, ainda assim essa empresa 
enfrentou nos primeiros anos dezenas de
processos que visavam transferir dividas da
Viação Serrana para a Cidade
Verde.
Nas rodas de conversas,
muitos se aventuram em fazer prognósticos tentando encontrar respostas para a
melhor viabilidade. Uma breve enquete e é quase unanimidade que a Cidade Verde ainda é a
melhor opção para o governo municipal restabelecer o transporte público da
metade da cidade desassistida. 

Diagnósticos apontam que a Viação Cidade Verde
é a solução mais inteligente para urgência que o caso requer. Todas as
variáveis colocam a empresa na dianteira, seja por diversos pontos de vista:
A – Poder econômico para
investir as elevadas somas;
B – Já é
reconhecida e testada pela população;
D – Por estar na cidade, teria como diminuir os impactos dos custos dessa gigantesca
operação que incidiria sobre a tarifa sustentada pela população. Algo distante de
se garantir e operacionalizar com empresas vindo de fora.
Enquanto isso, o governo
municipal já não possui tempo hábil para testar outras empresas para que estas
devolvam a paz tão esperada no transporte público. De igual modo, o governo
municipal não pode falhar novamente com este serviço essencial Se optar por empresas distantes, suas chances de falhar
são elevadas.
Escolhas urgentes em que população avaliará a quantas andam o governo  que decretou estado de
emergência do transporte público.

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