ARTIGO | Comércio esvaziado e temor de demissões em massa ampliam o pânico na cidade

O fechamento de estabelecimentos em Vitória da Conquista, por força de decreto municipal, diante do avanço do Novo Coronavírus (Covid-19), começa a produzir efeitos negativos no comércio local, a despeito da preservação da saúde público.

No centro da questão estão centenas de trabalhadores que temem demissões em massa com o esvaziamento de lojas, bares, lanchonetes, estabelecimentos de ensino restaurantes, academias, clubes, etc. A saúde, lógico, em primeiro lugar. Mas, e a sobrevivência pós-quarentena dos que dependem do trabalho para sustentar os seus?

As entidades de classe, tais como OAB, CONSEG, CDL, Contabilistas, entre outros, precisam – ainda que seja por vídeo-conferência – discutir também a saúde financeira desde aquele que vende algo na calçada ao empregador de milhares. 

Muitos podem não estar atentos e tão pouco despreparados para organizar seus custos fixos e variáveis, custos presentes e futuros, data de validade de seu estoque (a depender do que vende) em cenários de 30, 40, 60 ou mais dias com o seu comércio paralisado.

Precisamos sair em socorro destes micro e grandes empregadores, pois a economia de Vitória da Conquista continuará, com ou sem o vírus.

O momento urge tais medidas, muito mais que embelezamento da cidade. Precisamos, mesmo a contragosto, tratar desse assunto.

Não podemos negligenciar todos (as) aqueles (as) que geram empregos e fomentam a economia local.

Em meio a tudo isso, o termômetro da recessão está no terminal de ônibus urbanos. Com horários de itinerários reduzidos gradativamente, mais pessoas em casa, menos funcionários no comércio e menos dinheiro circulando. Assim, mais ônibus nas garagens e, por consequência, rodoviários parados, caixas vazios e contas a pagar se avolumando. 

Isolar as possibilidades de contágio é necessário, mas obrigação daqueles que conduzem o destino da cidade saber separar as prioridades, cessando algumas em curso e investindo na prevenção contra colapso financeiro daqueles que geram empregos, renda e divisas – excelente tratamento contra depressão coletiva ou em massa (vide depressão dos anos 30)

https://pt.wikipedia.org/wiki/Grande_Depress%C3%A3o


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