EDITORIAL
Ao final de mais um ano, depois de bilhões roubados dos cofres públicos e outras iguais cifras desperdiçadas em obras paradas, assistimos impotentes a morte levar vidas e vidas nas abandonadas estradas baianas, especialmente as rodovias que cortam a região Sudoeste.
Verdadeiras armadilhas, roleta-russa do descaso, a grande maioria está intransitável. Resultado de gestões ino…perantes, que deixaram surgir buracos, ou pior; crateras.
Chega o Verão. Turistas de todas as partes do País, chegando aos montes, são colhidos de surpresa. Não menos surpresos são os nativos, pessoas que contribuem com a economia regional prestando serviços ou escoando produtos.
É revoltante saber que o dinheiro do imposto não é aplicado na manutenção das rodovias e mais revolta nos causa saber que o nosso imposto, regiamente pago, banca a farra de políticos de todas as classes e siglas partidárias. Quando não envolvidos em acidentes, outra conta sobra para o contribuinte: carros quebrados com destino a oficinas mecânicas.
Voltemos os olhos para as estradas estaduais que cortam os municípios de Maiquinique, Itarantim e Potiraguá, ligando a região ao litoral Sul e Extremo Sul do Estado pela BR-101.
Enormes buracos, alargados pelas últimas chuvas, são responsáveis por muitos a acidentes, alguns com mortes, como o da estudante Érica Costa, dia 20, na BA-680, trecho do município de Potiraguá.
Sem alternativa imediata de desvio, para se livrar dos buracos e poupar vidas, motoristas dirigem pelos acostamentos, em meio ao mato ou em atalhos improvisados por moradores.
Nossas estradas pedem socorro!
A Ba 670, entre Potiraguá e o Extremo Sul baiano está abandonada pelo governo do Estado: descaso que custa vidas todos os ano. Foto: Tiago Bottino |